sábado, 26 de abril de 2008

Final........

Era Feudal Kagome entrou na cabana e observou o pequeno lugar. Era extremamente simples, mas limpo. Tinha cheiro de ervas. Sorriu ao pensar que Inuyasha tinha se esforçado para deixá-lo da melhor maneira possível para ela. O lugar era feito de madeira, que escurecida pelo tempo, fornecia pouca luz. Mas num canto, uma lareira feita de tijolos chamejava tranquilamente fornecendo calor e claridade. No meio, uma mesa reinava absoluta. Em cima dela, muitas frutas e alimento. Inuyasha já devia ter planejado que ficariam naquele lugar pelo menos uma semana, apenas se amando, pois o estoque de frutas, queijo e água, era grande. No lado oposto ao da lareira, uma cama existia. Bom... não era bem uma cama, e sim um colchão médio coberto com um cobertor felpudo. -Onde arrumou? – ela perguntou curiosa. Pelo que sabia, não existiam colchões naquela era. -Peguei ontem à noite, antes de voltar da sua era. -Onde? Ela sabia que Inuyasha tinha aprontado alguma das suas, mas estava tão feliz que nem chegou a brigar com ele. -Peguei do quarto do seu avô! -Inuyasha! –ela ralhou. -Ora, ele pode dormir no seu quarto. Sua mãe deixou. Kagome então gargalhou. -Não acredito que você esta manipulando minha mãe para as suas artimanhas! -Nada disso! Ela disse que eu poderia pegar que depois ela daria um jeito. Alem disso, não queria que você dormisse em cima do feno. Você esta grávida... Kagome fez uma cara de zangada e ele não continuou. Sabia que a gravidez dela iria provocar varias discussões entre eles, porque o meio Youkai insistia em tratá-la como uma doente. Vendo que o Hanyou ficou desconcertado ela caminhou ate a – supostamente - cama. Sentou-se nela e ficou o observando. Estranho que apesar de Inuyasha ter mais experiência, era ela que ficava tão à vontade quando se tratava de se entregarem. Viu que ele mexia as mãos nervoso e mordia o lábio inferior. -Vem cá, Inuyasha. Não precisou chamar duas vezes. Ele se aproximou e sentou-se ao lado dela. -Somos marido e mulher. –ela murmurou sedutora. Ah, mas disso ele sabia! E sabia muito bem! Mas não queria repetir a primeira experiência, quando a possuiu como um animal desesperado. Agora ela era sua esposa, tinha que ser algo mais especial. Com mais calma. Mais lentamente... “Não seria fácil esta experiência ser lenta, se cada vez que a olho fico excitado”, ele pensou brabo. Ela desviou os olhos dos seus e olhou o fogo. Encantado com sua figura, ele a observou. O semblante dela era tão tranqüilo e feliz. Nunca na sua vida ele imaginava que Kagome pudesse estar tão em paz. Bom... Deveriam conversar! Isso! Uma boa conversa, um dialogo. Isso abriria as portas daquele novo relacionamento. E, talvez, através das palavras ele pudesse despertar nela a excitação que ele sentia. Precisava fazer isso rápido, antes que não controlasse mais o membro que já estava se mostrando através da sua calça. -Anh... Kagome... Quer conversar? – ele perguntou ansioso. -Quero... –ela sussurrou encantadora. -Bom... –limpando a garganta, ele continuou - Não tem chovido muito ultimamente. “Inuyasha, seu imbecil”, uma voz dentro dele gritou, “você é ridículo!” -Inuyasha... Você não vai fazer amor comigo? – Kagome perguntou sorrindo. Minha nossa! Agora sim ele teve que segurar-se, porque era bem capaz de pular em cima dela e a possuir como um tarado. -Vou.. Vou sim, claro. –disse nervoso. Então ele se aproximou. Era um absurdo que fosse Kagome que tivesse que começar o ato, mas ele se sentia perdoado. Que mortal não ficaria nervoso ao lado daquela linda mulher? Quando ele encostou a sua boca na dela, a ouviu gemer baixinho. A língua então brincou nos seus dentes alvos. Aos poucos foi a empurrando contra a cama. Quando ela ficou deitada, ele separou as bocas e a olhou. A cascata negra dos seus cabelos contrastada suavemente contra o travesseiro branco. Oh, quantas vezes ele imaginou aquilo. Sua melhor amiga e seu maior desejo, deitada a sua mercê, o querendo tanto quanto ele lhe queria. Ele abaixou as mãos pegando na barra do seu vestido. Kagome inclinou o corpo para cima quando ele o puxou. Era um lindo vestido, ficava muito bem nela, mas era assim, de calcinha, que ela era mais perfeita. -Esta com frio? Ele observou a pele arrepiada e os mamilos endurecidos. -Não, sinto muito calor... -Você é tão linda... Então ele desceu a boca pelos seios de Kagome. A luz do fogo a tornava tão excêntrica quanto uma feiticeira. Era uma tentação! Mas ao mesmo tempo, tão pura quanto um anjo. Com os lábios ele abocanhou o bico do seu seio. Ela ofegou. Isso era muito mais que qualquer mulher poderia suportar. Um desejo tão avassalador quanto doentio. Ela tentava se mexer tentando encontrar a melhor posição para aceitar o carinho dele, mas por mais que tentasse, todas as formas eram essencialmente gostosas. -Maldade.. tire sua roupa também... Era ela que havia falado? A boca havia se aberto e dito palavras, mas ela não reconheceu a própria voz. Parecia mais um grunhido de uma gata no cio. Sentiu vontade de gargalhar com a idéia. Ele ficou de joelhos no meio de suas pernas e arrancou rapidamente a camisa e a calça. Ela sentia vontade de rir, pois ele estava tão afobado que quase rasgou a roupa que era praticamente indestrutível. Sem entender de onde vinha tanta coragem para aquilo, Kagome então deslizou os dedos no membro ereto dele. Sempre ficou curiosa para saber como era a textura, e agora não resistia, afinal, ele era seu! -Ai Kagome... -O que foi? Dói? Ele soltou um som que parecia uma risada. Mas os olhos não tinham uma expressão zombeteira, ao contrario, parecia uma fera pronta a atacar sua presa. -Vê como reajo ao seu toque? Mas tenho algo a lhe contar... -O que? –ela perguntou surpreendida. -Você não precisa me tocar pra me fazer sentir assim... normalmente é só olhar... -Olhar? -Não foram poucas as vezes que fugi pro meio do mato para esconder a manifestação do meu corpo. –ele confessou. Um fogo incandescente começou a se acender dentro dela. Ouvi-lo murmurar aquilo, daquele jeito, baixinho, com o hálito morno e quente e tão próximo ao seu rosto a deixava doida. Abraçando-o pelo pescoço, Kagome começou a beijá-lo. Primeiro no rosto, depois no pescoço... Sentia-se tão desejosa, quente, úmida, o queria dentro dela, mas Inuyasha parecia não estar disposto a acabar com aquele tormento tão logo. Ela sentia o membro dele dar pequenas apunhaladas contra seu ventre liso, mas era claro que Inuyasha iria se segurar. -Eu te amo tanto Kagome... –ele disse olhando nos olhos dela. -Eu também. -Faremos amor todas às noites até morrermos. Ela gargalhou e o movimento do seu corpo o enlouqueceu. Os seios desciam e subiam com a risada e ele não resistiu e começou a lambê-los. Aos poucos ele perdeu o controle das mãos e elas desceram por dentre as pernas dela. Estava úmida... quente... Os dedos adentraram por entre os pelos negros. Um gemido profundo saiu de sua garganta enquanto ela apertava os olhos. Como Inuyasha conseguia a dominar daquela maneira. Era delicioso. Queria que ele sentisse a mesma coisa, então retirou uma das mãos dos seus ombros e desceu ao membro novamente. Quando o pegou, ele segurou as mãos fortemente. -Não senhora! Se fizer isso de novo não vou resistir e vai acabar com a nossa noite de núpcias em cinco segundos. Ela abriu os olhos e o encarou. -Estás zangado? Não farei mais. Ele segurou seu queixo. -Não amor.. é que isso me da muito prazer e se fizer, irei gozar fora de você. As palavras deveriam choca-lá, mas não o fizeram. Parecia tão natural eles estarem daquela maneira, fazendo amor daquele jeito e conversando sobre aquilo. Ela o ouviu se abaixando sobre ela e a beijando novamente. Então ele se colocou em ataque e aos poucos foi a possuindo. Na primeira vez deles houve dor. Pouca, é verdade, mas houve. Agora, ao contrario, parecia que toda a felicidade do mundo a dominava. Ela o abraçou para senti-lo entrar mais fundo dentro de si. Sua mulher! Eram dois corpos fazendo-se um. A perfeição da junção de duas almas que passaram toda uma vida tentando se encontrar. Eram Inuyasha e Kagome. Duas pessoas separadas por anos. Separadas por uma cultura diferente. Separadas pela ambição e ganância de outros. Duas vidas que sofreram tantas dúvidas, tantos tormentos, mas agora se pertenciam. Ninguém mais os afastaria. Como algo ou alguém poderia destruir aquilo que estavam vivendo? O amor entre eles era tão grande que agora uma nova vida, uma nova existência nascia deles. Somente naquele momento Kagome percebeu a verdade sobre sua gravidez. Eles teriam um filho! Fruto de um momento tão belo quanto aquele! Uma criança que havia resistido a tantas armadilhas e desencontros. Mas que nasceria firme pelo amor de seus pais. Ele então se moveu dentro dela. A dança! A sensual dança que haviam dançado uma noite, há um tempo atrás. Naquela noite, aquela dança a levou a loucura, mas agora o ritual a levava a mais firme sensação do que era ser mulher. Estremecendo ela mordeu os ombros do seu homem! Sentindo que ele se expandia dentro dela, na vigorosa força do amor, ela arquejou. Um prazer indescritível começou a fazê-la perder a razão. -Por favor... –ela gemeu angustiada. Que dure para sempre, ela pensou. Aquela sensação era tão maravilhosa que se ela morresse nos braços dele agora, morreria feliz. Deslizando as mãos pelo cabelo molhado dele, Kagome viu seu quadril começar a mover-se cada vez mais rápido. Então o orgasmo os tomou. Juntos! Ao mesmo tempo! Aquela sensação máxima quando a dança já se tornava quase violenta. Inuyasha derramou seu liquido quente dentro dela e sorriu. Pena que ela não pudesse engravidar duas vezes no mesmo intervalo de tempo. Quando saiu de dentro dela, caiu exausto do seu lado e a puxou para junto de si. Ela deitou a cabeça no seu peito enquanto os cabelos longos se espalhavam pela cama. Kagome ficou escutando as batidas ainda aceleradas do seu coração. -Esta com sono? –ele murmurou. -Não..estou tentando me recuperar pro próximo round. Ele não sabia o que era “round” mas riu com gosto. Ela era engraçada quando queria. Perfeita. Ele sempre se sentira bem perto dela. O amor era algo estranho. Podemos gostar de muitas pessoas, mas só amamos aquelas que nos causam aquele conforto. -Porque demoramos tanto para ficar assim, Kagome? Ela suspirou. -A culpa foi sua. Ele deu uma palmadinha de leve no seu traseiro. -Ora, sua sapeca! A culpa é sempre minha, é? -Sim – ela levantou a cabeça apaixonada e o olhou - você é o culpado de eu estar tão feliz agora. -Espero ser o culpado de você ser feliz eternamente! Ela fechou os olhos sorrindo e ele percebeu que ela iria dormir. Uma pena! Achou que ela talvez aceitasse uma segunda vez naquela noite ainda, mas parecia que Kagome estava cansada. Então uma mão desceu levemente pelo seu ventre. -Enganei você – ela falou rindo – não estou com sono! Ele subiu em cima dela novamente segurando seus braços sobre a cabeça. -Já percebeu que tudo em nossa vida é em dose dupla? E a beijou. -Inuyasha –ela disse entre o beijo. -O que? -Dose dupla? Acho que teremos gêmeos. O sol já nascia quando eles finalmente dormiram. A alvorada abençoava o jovem casal e o par repousou na certeza de terem encontrado a felicidade que tanto almejaram.



FIM

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