sábado, 26 de abril de 2008

Episódio IV

Era atual Um trovão ecoou ao longe. A chuva lá fora caia descontroladamente. Eram três horas da manha e Inuyasha ainda não tinha fechado os olhos. A mãe de Kagome havia ficado surpresa ao ver o hibrido na sua casa trazendo a filha completamente molhada no colo. Ela trocou a roupa de Kagome e após isso deixou o casal sozinho no quarto. Estranhamente, mesmo sabendo o quanto Kagome sofria por causa de Inuyasha, ela considerava o rapaz o melhor pra sua filha. Um relâmpago cruzou os céus. O vento batia na janela trazendo lembranças ao meio youkai. Momentos como aquele não era novidade na vida dele. Quantas vezes não havia ficado acordado zelando o sono dela? Encostou as costas na parede e ficou olhando ela dormir. Kagome não havia aberto os olhos desde que ele a pegara no colo na praça. Estranho ela estar tão cansada. Normalmente ela dormia bem as noites. Batendo com a mão fechada na própria cabeça ele se recriminou pelas besteiras que fez na vida. Seu lugar era ali, ou em qualquer outro, mas com ela, cuidando dela! -O que esta fazendo aqui? A pergunta o fez encara - lá. Ela havia finalmente acordado e mantinha os olhos fixos aos dele. Que lindos olhos escuros ela tinha. Tão puros e doces. Ele sorriu ao lembrar do primeiro encontro, quando ainda tonto de ter passado cinqüenta anos selado naquela arvore, a confundiu com Kikyou. Como alguém poderia confundir as duas? Eram tão diferentes quanto à água do vinho! Não tinham o mesmo jeito de olhar... e a alma não era, definitivamente, a mesma! -Você se sente bem? –ele perguntou. Kagome sentou-se na cama e pegou o despertador. Três da manha! O que ele fazia àquela hora no seu quarto olhando pra ela? E a roupa? Como o pijama fora parar nela? -Você teve a coragem de tirar minha roupa e colocar esta, Inuyasha? Ele sorriu. -Não seria a primeira vez.-falou provocando-a. -SENTA! Quase gargalhou ao vê-lo se estatelar no chão. Por que ainda não havia tirado aquele colar dele? Não sabia... Mas era muito bom vê-lo assim, completamente a sua mercê. O que dizia? Esta pessoa não era ela! Nunca foi um monstro, nunca desejou mal a ninguém, nem a Kikyou. Não! Ela, Kagome, nunca se permitiria deixar-se dominar pela raiva ou inveja. Não importa o que acontecesse, ela não seria um ser asqueroso e frio. Algumas pessoas podiam considerar características como estas atraentes numa mulher, o próprio Inuyasha amava Kikyou que era assim! Mas ela não seria alguém que não considerava correto por nada neste mundo, nem pelo amor dele! -Droga Kagome, você não tem pena de mim não? -Deveria? Afinal de contas, porque esta aqui? Não fui suficientemente clara quando disse que não queria mais encontra-lo? Ele engoliu em seco. Fora ali, e estava enfrentando toda a magoa dela por um motivo.. e não sairia dali sem dizer tudo que tinha pra falar! Alem dele, nunca mais poderia encarar Shipou se não fizesse de tudo para que Kagome voltasse para ele e para os amigos. -Kagome... -Não precisa se explicar Inuyasha – ela suspirou- eu fui a culpada. Não quero que ache que eu o odeio... Isso seria uma grande mentira. Mas nos precisamos acabar porque ficar do seu lado... vê-lo sofrer todos os dias por Kikyou estava me matando. Ele quase se ajoelhou nos pés dela naquele momento. -Kagome, eu te amo! A expressão dela foi de choque. Mas logo ela respirou fundo e respondeu. -Eu também o amo. Mas meu amor por você é diferente do que o seu por mim! Aquelas palavras doeram tão intensamente no coração dela que ela quase colocou as mãos sobre o peito para aplacar o sofrer. Palavras que expressaram a mais profunda verdade. Ela amava Inuyasha como a um homem. Queria que ele também a desejasse como ela o queria. Queria ter filhos com ele. Que ele também dissesse seu nome olhando para o horizonte, como sempre fazia com Kikyou. Mas ele não a amava assim... O sentimento dele se restringia a de um amigo. Um companheiro de jornada. Ela nunca foi a primeira escolha! Ela não suportaria ser para sempre a segunda opção. -Por favor, vá embora Inuyasha. Inuyasha não sabia como reagir, mas agiu por impulso. Num salto ele a agarrou e a apertou contra si. Não podia perde-lá! Será que ela nunca entenderia isso? Inferno que nem confessando seu amor ela dava o braço a torcer. -Eu preciso tanto de você Kagome. Ela apertou as mãos contra as orelhas. Não queria ouvir, não podia ouvir! Chega daquele amor irracional. Já bastava todo o sofrimento que passara nos últimos dias... -Vá embora! -Não sou perfeito, Kagome, mas eu não quero perder seu amor. Egoísta! Era isso que ele era! Ter a ela como um pneu de estepe, para que sempre que Kikyou o renegar, pelo menos ele ter algo a que se confortar. Não! Isso já havia acontecido antes, mas não mais! Nunca mais! -Solte-me! Então ele a beijou. Ele nunca a tinha beijado daquela maneira. Sem querer, Kagome percebeu que todo o seu corpo reagia como se tivesse recebido uma descarga elétrica. A língua dele, quente, úmida, brincou com seus dentes e após começou a deslizar para o interior da sua boca. Ela não queria, mas era impossível não corresponder. Gemeu ao perceber que os dedos dele começaram a traçar círculos nas suas costas... Era um carinho tão incomum, mas extremamente excitante. -Que gostoso – ela falou num impulso. Não... não podia se deixar dominar... Mas também não conseguia mais parar. Afinal de contas, o que era aquele fogo que a fazia querer ficar mais próxima de Inuyasha? Loucura! Já estavam com os corpos colados e ela também, no resto de sua sanidade percebeu que o corpo dele enrijecia. -Peça para que eu pare Kagome – ele pediu quando a boca dele parou o beijo para respirar. Mas ela não pediu. Desesperada começou a abrir o casaco dele. As bocas já estavam totalmente molhadas da saliva e quanto mais se beijavam, mais se queriam. Inuyasha subitamente a pegou no colo e encostou-a na parede. A parte de cima do pijama dela foi tirado e jogado para o lado. A boca dele então abandonou a sua e começou a beijar o bico dos seus seios. Ela mal podia acreditar que tudo aquilo estava acontecendo, fechou os olhos e tentava parar de tremer. Que engano. Quando mais ele chupava e lambia mais ela tremia e suspirava. -Peça para que eu pare – ele repetiu descontrolado. Ela não disse nada! Dane-se o mundo! Dane-se Kikyou! Dane-se todo o resto. Kikyou podia ter o amor dele, mas era ela que recebia o prazer mais espetacular que existia no mundo. Isso ninguém poderia tirar dela... Enlouquecida ela percebeu que Inuyasha descia mais. A calça do pijama deslizou para baixo e ela ergueu os pés para que enfim aquela peça também fosse jogada longe. A boca de Inuyasha começou a beijar seu centro mais intimo, por cima da calcinha. Ela mal conseguia segurar o grito. Ainda bem que chovia, aplacando os sons, porque não sabia o que o avô faria se soubesse o que estava acontecendo no quarto da neta. -Peça para que eu pare! – ele pediu pela ultima vez. E ela voltou a não falar nada! Queria que ele continuasse, mesmo que se arrependesse depois. Mais uma vez ela se viu sendo levantada, mas desta vez não encostou as costas numa parede fria, e sim no colchão da própria cama. Surpresa ela percebeu que ele não se deitou sobre ela. Quando abriu os olhos para ver o que estava acontecendo notou que ele tirava a própria roupa. E estava tendo dificuldades com isso, porque as mãos, tão ágeis, de repente se tornaram atrapalhadas. Ele parecia tão puro, um menino carente naquela luta e ela sentiu uma vontade desesperada de ir ate ele ajuda-lo. Mas quando tomava esta decisão percebeu que ele enfim conseguira vencer a luta contra as peças vermelhas. Quando ele a olhou, Kagome notou que os olhos continham tanto desejo. Ela nunca o tinha visto olhar assim para ninguém. Nem para Kikyou. Confusa e perturbada por ter se lembrado da outra ela quase desistiu, mas a boca dele decidiu por ela. A beijando Inuyasha deitou-se sobre ela e começou a acaricia - lá com as mãos. -Agora é tarde Kagome – Inuyasha disse num tom de voz que ela desconhecia – mesmo que me pedisse para parar ou mesmo que eu mudasse de idéia, meu corpo simplesmente não obedeceria. Nem o dela, ela percebeu. Com os seios roçando-se ao peito largo dele, ela notou como o coração do seu meio youkai batia desgovernado. Ele a queria... a prova estava endurecida contra seu ventre liso. Mas ela queria muito mais dele. Infelizmente o que ela mais desejava, seu amor, era impossível. Então tentou se alegrar, pois pelo menos o corpo dele, ela teria. Nem que fosse apenas uma vez! Ela agarrou-se a ele buscando conforto. Os músculos rígidos dele se moviam contra ela. Delicia! Loucura! -Oh Inuyasha. Mais... Mais o que? Ela não sabia. Mas aquela tortura estava se tornando insuportável. Sua calcinha, que ainda não havia sido tirada já estava completamente molhada. Seu corpo tremia numa urgência desconhecida e enlouquecedora. Ele então se ajoelhou no meio das suas pernas e puxou a ultima peça de roupa. Não havia mais volta! E ela apenas confirmou isso quando ele a beijou diretamente no centro de sua feminilidade. Kagome então começou a ter espasmos. Ela deliciou-se com a maneira que ele a beijava exatamente lá. Ingênua ela nunca pensou que um dia ele pudesse fazer isso. Mas percebeu que sempre desejou. Quando ela achou que fosse chegar ao pico mais alto do mundo, Inuyasha parou. -O que houve? – ela balbuciou com uma sensação de insatisfação. O sorriso maroto dele a comoveu. Puxou-o desesperadamente e o beijou. Então ele se aconchegou nela e guiou o membro a sua entrada. O desespero de possui - lá também o dominava. Mas sabia que Kagome era virgem e não podia e nem queria assustá-lá. Mas não conseguia mais se controlar. -Kagome...- ele pediu sua autorização. Não que precisasse porque ela já gemia alto com o corpo esfregando-se descontroladamente contra ele. Mas saber que ela se entregava de livre e espontânea vontade o excitava ainda mais. -Ai Kagome.. você aprendeu depressa... –ele sorriu no seu intimo. Será que alguém precisava aprender a fazer amor? Ele duvidava! Isso era tão fácil. Era só estar apaixonado e deixar o corpo se guiar. Então Inuyasha deslizou as mãos para seus quadris e a ergueu levemente afastando ainda mais as pernas. Kagome apenas assistia e se encantava com o movimento ritmado das suas próprias coxas contra as dele. De onde ela tirou coragem para tamanha ousadia? Aos poucos ele foi entrando nela. O lugar que ele sempre deveria estar. Era tão macia e quente que ele ate se assustou. A ouviu gemer um pouco e tentou não ter pressa. Não queria machuca - lá. Preferia morrer antes! O membro duro imitava uma espada coberta de mel. Por mais que doesse um pouco, a volúpia era tanta que Kagome desfaleceria se ele a tirasse dali. Como poderia ter vivido tanto tempo ao lado dele na era feudal e não ter desfrutado estas sensações? De repente ele parou. Já havia entrado inteiramente nela. -Você é grande – ela disse. Mas não era bem o que ela queria dizer! Porque ele havia parado? Será que fazer amor era só aquilo? Estava decepcionada? -Er.. foi bom Inuyasha. –ela falou certa que ali terminava tudo. Devia estar maluca mesmo. Isso era coisa que se dizia? Mas do nada ele começou a rir. O movimento do riso em cima dela voltou a excitá-la. O que estava acontecendo? Que delicia! -Nos mal começamos, amor! Então ele puxou o membro levemente pra fora enquanto a sua boca tomava a dela. Não! Ela não queria perdê-lo, não queria que ele saísse de dentro dela. Com a boca tomada pela dele, não podia gritar, então usou seus músculos internos para retê-lo. Ele pareceu render-se e avançou novamente contra ela. -Ai Inuyasha... continua... é muito bom. - Ela ofegou. Mas mais uma vez ele se retraiu, deixando-a com uma sensação de perda, para após voltar para ela. Parecia todas as vezes em que a abandonara para ir atrás de Kikyou, mas voltara para cuidar dela. Os movimentos dele começaram a fazerem esta estranha dança. Avançar e recuar! Estranha mas antiga. A celebração do amor. E como ela o amava! “Por favor, Inuyasha, nunca mais saia de dentro de mim. Fique comigo assim pra sempre”, ela pensou enquanto seu corpo parecia em chamas. Logo a oscilação começou a ficar mais rápida, a respiração dos dois ficou presa na garganta, o coração batendo tão alto que ela podia ouvi-lo entre gemidos. Então veio o prazer mais intenso que ela já sentiu na vida. Quase não podia suportar de gozo. O corpo de Inuyasha se retesou pela ultima vez e soltando um gemido rouco ele afundou-se nela, para depois estremecer liberando o sêmen quente. -Ah Kagome..- ele disse com a boca na orelha dela. Então saiu de dentro dela deitando-se ao seu lado. A puxou contra si abraçando-a com força. Kagome gostaria de falar com ele naquele momento, mas percebeu que ele já dormia. E sem entender ela também resolveu dormir, sem maiores explicações. Inuyasha suspirou feliz. Estava tudo bem agora. Pela maneira que Kagome se entregou ela havia percebido seu amor. Aquele inferno que havia sido o tempo que ficara longe dela havia acabado e ele acabara de fazer amor com ela. Que delicia! Que gostoso! Seria difícil o sorriso sumir do rosto dele por um bom tempo. Será que ela acreditaria se ele lhe contasse que nunca havia vivido aquela experiência com Kikyou? Sentia ate vontade de rir com aquilo. Antigamente ficava nervoso em pensar que a sacerdotisa sempre recusou seus avanços, apesar de ela o querer tanto quanto ele a queria... mas agora, era um alivio. Ele havia vivido uma experiência com Kagome que nunca viveria com Kikyou. Uma mão então deslizou pelo seu abdômen. Ah, que sonho bom! Uma mão macia. A mão de Kagome. Ele mexeu-se deliciado. Sentiu as coxas quentes dela deslizar pela barriga e logo ela estava em cima dele. Ousada ela sentou-se no seu colo e guiou seu membro para si. Ahhhh.. era bom demais. E quando ela o cavalgou ele se sentiu o homem mais poderoso do mundo porque ele tinha tudo que mais podia desejar. Rápido demais o orgasmo chegou, e então ele teve um sobressalto. Não era um sonho! Kagome realmente gemia sobre seu pênis entregue totalmente a paixão. Quando a inundou novamente percebeu que ela caia do seu lado. A segurou e rindo a deitou nos seus braços. -Amor... Então do nada ela teve um sobressalto e pulou da cama. O que havia acontecido? Ficara maluca? -Vá embora Inuyasha! Ele sentiu vontade de rir. -É um pouco tarde agora, não acha? – a pergunta teve dois sentidos, exatamente como ele queria. Nervosa ela começou a tremer. Arrependida pela besteira que acabara de fazer sentiu vontade de bater nele. -Suma da minha frente, volte agora pra sua Kikyou. Ela cuspiu as palavras de maneira que ele entendesse bem o sentido. -Já falei que vou ficar com você, droga! -Ate quando? Ate sentir saudades da sua amada e resolver me abandonar de novo? -Isso nunca mais vai acontecer! Fragilizada ela pegou a coberta e se tapou. Desta forma Inuyasha apareceu, esplendorosamente nu em sua cama. -Você já disse isso antes, mas não teve duvidas ao me largar pra correr atrás dela. Então ela chorou. Antigas magoas voltaram ao seu coração. Mesmo como amiga Inuyasha sempre a trocava pela outra. -Eu a machuquei Kagome? Ela o encarou. E percebeu que ele entendera mal suas lagrimas. Havia achava que ela chorava por causa do sangue que estava nos lençóis. -Sim, me machucou- ela mentiu- e não quero vê-lo nunca mais! – disse gritando. Mexer com a masculinidade de um homem tão viril como Inuyasha era um erro que talvez Kagome se arrependesse mais tarde, mas queria se ver livre dele agora para poder raciocinar direito. O olhar dele pareceu muito magoado e então ele se levantou da cama dela. Iria embora como ela queria. Kagome o viu vestir a calça e sair pela janela. A chuva já não era tão forte, e ela o acompanhou com os olhos ate o templo onde ficava o poço. E ele não olhou para trás. Continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário