quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Sobre 2016...

No início desse ano pensei que as coisas iriam melhorar...Afinal, logo de cara consegui a bolsa da Capes para o segundo ano do mestrado, ou seja, não precisaria me virar trabalhando para conseguir estudar e pagar as contas.
No meio do ano acabei me mudando, sonho realizado, morar pertinho da Universidade (essa não mais a que estudo, mas minha eterna casa a UFC), massa!!!
Acabei voltando aos velhos hábitos de só dar amor e receber migalhas e o pior da mesma pessoa.... Assim, continuei uma coisa que tinha encerrado em 2015, mas por pura burrice ou teimosia ou os dois acabei por reacender.. Foi bom? foi. Valeu a pena? Não mesmo.
Aí começam as revelações.. Descubro que me doei tanto por amor e no final tive que dividir com bem mais que uma pessoa... (nesse caso já tinha aceitado que não seria a única, mas com mais de duas é putaria) Uma quarta pessoa que poderia ter me lascado, que não sabia de nós e desconfiava, por isso me tratava mal e, eu, a idiota só achei estranho, mas desconfiar que é bom nada, afinal ele sempre foi santo, não faria isso comigo! Vã Ilusão! 
Mas, como disse minha mãe, melhor não ficar remexendo no passado, o que aconteceu já havia passado e não adiantava sofrer por uma coisa que já passou..
Porém, esse tipo de coisa nunca passa, quando se trai a confiança uma vez vai trair sempre... pq a pessoa já está acostumada a não se importar com as pessoas... quando se trai não se respeita ninguém, nem a si próprio... E como vai respeitar ou ter medo de perder alguém que está totalmente sob seu controle (pq por mais cagada que Ele fizesse, eu tava lá apoiando e sendo um porto seguro).

Mas tudo bem, melhor deixar pra lá,já tinha passado mesmo, não tinha como voltar atrás e dar umas porrada nele...

Até que enfim, chega novembro.. VIAGEM... Tentar encontrar a paz ou pelo menos um pouquinho dela.
O que que acontece? Levo na cara novamente, pra aprender que Ele não me ama e que tá "cagando e andando" pro amor que eu sentia por ele (pq ele sabia muito bem os meus sentimentos, se disser que não é pura falta de caráter)...
Ai chega dezembro, o facebook me lembra umas das primeira fotografias tiradas com o tal.. Eita cinco anos daquela lembrança, daquela noite no Dragão do mar, dia de comemoração...
Pego e mando pra Ele.. "Olha só o que o Face me lembrou hoje... cinco anos dessa foto"...
Ai meu Pai do Céu, pra quê fazer isso? Mas quando a pessoa ama é bocó mesmo, no meu caso totalmente abestalhada... Tá, mas nasci assim o que fazer?
Ai vem meu amigo e diz: "mulher, deixa de ser besta. Ele já tá com outra aqui e nem te disse nada!"
Eita que facada, pqp! (desculpem o palavrão)
Que ódio senhor! 
Ai começo a me perguntar pq eu mereço aquilo? Pra quê amar alguém que não está nem aí pra mim?
Confesso que pirei, de verdade.. SURTEI...
Mas o Pior não posso nem mandar o infeliz pro Inferno, pq no final de contas quem vacilou fui eu... de todas as maneiras ele me mostrou que eu não era nada... Pq se vc gosta minimamente de Alguém, você nunca diria: "A mulher que eu amo tem nome e sobrenome e NÃO É CAROLINA MARIA (Essa sou eu)!" Acho que aqui ele tinha me dado a dica, mas EU confiante no amor unilateral que eu sentia, insistir até me fazer em pedaços... Pedaços que estão sendo difíceis de juntar pra caramba e que terei que colar...
Então, apelo ao sobrenatural.. (Tava desesperada mesmo, me julguem!) Joguei os búzios, descobri muita coisa (a melhor que minha mãe, quem rege minha vida e minha cabeça... Mamãe Oxum, Orá yêyê ô, mãe!) a pior delas. acho que já sabia, mas é muito ruim vc ouvir da boca de outra pessoa, um estranho que o Homem (no meu caso) que vc ama nunca amou vou, nunca gostou, nem sentiu nada.. Zero... Poxa, eu só pude chorar sabe... não tenho vergonha de dizer isso, pois porra.. Eu amei esse cara demais... amei do fundo da minha alma...Mas esqueci do principal... AMAR A MIM MESMA...
Sabe na hora a raiva não era tanto dele (mas tinha sim, em muitos momentos tive vontade de esganar), mas a raiva que sentia de mim era maior... Poxa, como permiti alguém me tratar como um objeto? Pq insisti numa relação (pra mim era) que não me trazia felicidade... Tava vivendo que nem pombo, de migalhas... e essas migalhas eram amargas, viu!
Enfim, decidi por (de verdade, realmente, certeza) um ponto final nisso! Fiz o que pude, amei mais do que devia, me anulei demais, perdi meu amor próprio, joguei no lixo minha dignidade pra estar com uma pessoa que nem consideração tinha por mim... Prezei uma amizade (além do amor que sentia) que não existia do lado contrário..
Não nego, me senti um lixo, tive vontade de sumir, não tive vontade de morrer não, mas de meter a pêia no cabra até cansar de bater nele, mas isso não ia adiantar muito...
No fim, não o perdoei e nem vou, não sou obrigada a nada... Não perdoo pq me diminuiu, me usou da pior forma possível...
Tô juntando forças, juntando os cacos pra um dia poder colá-los, não sei quanto tempo vai levar, mas o ponto final já foi dado...
Bem, depois de tudo isso... 2016 ainda levou tanta gente bacana (não vou citar todo mundo pq senão o post fica maior do que já está, mas tenho que citar pelo menos minha queria Princesa Leia/ Carrie Fishe) que nesses três últimos dias ainda tenho medo de mais desgraças...
Espero que em 2017 as coisas voltem a se encaixar, que os rumos se firmem, que as pessoas amem mais e que Ele (aqui falando do ex-old magia) vá pra PUTA QUE PARIU E FIQUE BEM LONGE DE MIM. (Pronto falei! hehe)
Desculpem o post gigante, mas como sei que ninguém lê mesmo, Tudo Bem!
Vlw Flw 2016, ano da desgraça!
Vai de retro!

Orá yê yê ô, mamãe Oxum!



Senhora da doçura
Que o seu espelho
revele a sorte nos meus passos errantes
Que suas mãos
frágeis e delicadas 
sejam o conforto 
em minha caminhada
Que eu seja bendito
no seu coração de mãe!




domingo, 11 de setembro de 2016

Apenas pensamentos confusos...


Se fosse fácil, aos homens, evadir-se do tempo não encontraríamos sentido na vida. O sentimento de viver o aqui e o agora e, não pensar ou sequer refletir sobre a morte, assunto que causa medo e/ou terror, é uma maneira de nos evadirmos dessa ideia de corrosão a qual associamos a ação do tempo. "Viva o quanto e como pode", essa frase estampa comerciais e todo o tipo de slogan do presentismo, uma das formas de negar a validade das experiências passadas no tempo. O passado já passou, ou seja, não importa mais. Porém, o presente também vai passar e o futuro é algo q vai chegar e passar da mesma forma. Não importa a que tempo prefiram, ele é, e sempre será,  passageiro.  Todos os dias planejamos o futuro, seja daqui a dez minutos ou dez anos, mas me arrisco a afirmar que nunca incluímos a morte como futuro possível. Se pudéssemos  aceitar que caminhar sobre o véu do efêmero não significa negar o valor das experiências, mas dar um significado maior aos sentimentos e ao outro, não teríamos que nos preocupar com a morte, pois afinal ela seria o ponto de chegada, o pote de ouro no final do arco íris, pois teríamos vivido plenamente e agora estaríamos indo experenciar o outro plano. Quando relegamos o passado ao fundo do baú estamos nos desvencilhando de pensar sobre o tempo e, é dessa forma, sem a reflexão sobre a história e o tempo que tendemos a repetir os erros do passado. A história não é mais a mestra da vida, não devemos viver aprisionados a sombra do passado, porém sem a sua reflexão (a História) não somos capazes de tecer novos caminhos na tapeçaria de nossa experiência na terra.

Créditos da imagem: O tempo cava sua sepultura (Pawel Kuczynski) Disponível em: http://www.ronaldodiniz.com.br/geral/arte-para-questionar.html/attachment/pawel-kuczynski-tempo-morte

sábado, 27 de agosto de 2016

Mais uma do amor não correspondido!



Passo as mãos pelo seu cabelo e sinto como se tocasse pedaços de algodão, amaciando minhas palmas e, enrolando meus dedos em seus cachos penso no quanto as batidas de meu coração aceleram quando olha para mim desse jeito carente e desejoso. Ainda com o tato vou contornando sua face selvagem, seus sinais de expressão que tanto me encantam, seus lábios cheios de sorrisos e de uma sedução incontornável.
Paro por um instante para admirar o seu peito que por muitas noites acalmou minha ansiedade de ser sua.
Nos dias que te vejo de longe, desejo que seu quadril me abrace como antes, naquelas noites que tomamos os riscos do pecado para aplacar a tensão entre nossos sexos, “que depois tem o ano inteiro pra gente pagar”.
Hoje, te admiro à distância, te amo em silêncio, mesmo meus olhos gritando o quanto preciso sentir suas mãos no meu corpo.
Acabo esse desabafo de amor não correspondido quieta na plateia, distante física e afetivamente, mas aquecendo meu coração (ainda)com as lembranças, pois que o passado é presente e não poderia ser diferente por termos um amor em comum, a História.

Carolina Abreu – 13.07.2016