A pior coisa do mundo é sentir-se parada no tempo. Mesmos problemas, mesmos incômodos e mesma pessoa. Fico angustiada com essa sensação estática e o pior de tudo é que eu mesma me arrastei para dentro desse imbróglio.
Tanto tempo longe, distante só na literalidade da mesmice, pois ainda me pegava pensando no que poderia ter sido e alimentando à distância o mau hábito. No fim, acabei voltando pro que já foi, com a desculpa da novidade.
Que novidade? Nada!
As coisas não mudaram. Por mais que não sejamos os mesmos, racionalmente vejo que tudo caminha para a repetição. O problema é que nunca me dei bem com a razão. Sempre tracei meu caminho por sua oposição.
Nessa mesmice em que me encontro, não sei o que quero! Só sei o que não quero.
Não sei o que fazer. Só sei o que não fazer.
Não sei o que sentir. Só o que quero é sentir.
Só sei que quero, a mesmice, viver!